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VIDA E MORTE DE DORIVAL CAYMMI Silvia Rocha-Starosta Em 16 de agosto do corrente ano, aos 94 anos, morreu o compositor e cantor brasileiro Dorival Caymmi. O jargão dos noticiosos de televisão me chamou a atenção, quando a apresentadora disse ter sido a morte de Dorival Caymmi uma grande perda para o Brasil. Independente da obviedade de que toda morte é perda para aqueles que conviviam e apreciavam tal pessoa, pensando em termos jornalísticos, acho que mereciam ser destacados sobretudo os ganhos que o Brasil teve com Dorival Caymmi.
Minha infância se passou aqui Há pouco mais de um ano encontrei o CD com a gravação do show comemorativo aos 90 anos de Dorival Caymmi, registrado no Canecão, no Rio de Janeiro, e premiada com o Gramy Latino 2004. Ali, o compositor já não cantava, mas vinte de suas mais de cem canções eram apresentadas pelos três filhos: Nana, Dori e Danilo, de uma forma comovente. No corrente ano tive a oportunidade de conhecer os estúdios da Rádio Nacional, no Rio de Janeiro, e lá vi, entre tantas fotos de antigos músicos e radioatores, fotos do jovem Dorival Caymmi, junto a Carmen Miranda, Mário Lago, Radamés Gnatali e outros da época de ouro do rádio. Fiquei feliz que aquele espaço esteja sendo preservado (vivo e funcionando) como verdadeiro testemunho de momentos muito bonitos da cultura brasileira.
Em tempos de desilusão com tantas figuras públicas,
que roubam dos brasileiros até a crença em si, é bom
ver que o Brasil só teve ganhos com Dorival Caymmi, com Tom Jobim,
com Mário Lago, com Machado de Assis, com Monteiro Lobato, com Érico
Veríssimo. Artistas assim expressaram, em suas obras, o sentimento
e o jeito de ser do brasileiro, nos dando voz e dignidade, fatores essenciais
ao verdadeiro desenvolvimento de um país. COMENTÁRIOS: |
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