Sistema de escrita Xingang dos aborígenes das Planícies de Siraya, Sinkang, Formosa (extinto, séc. XVII-XIX) |
/ l É o mundo das palavras o que cria o mundo das coisas. Lacan, Função e campo As palavras são como Osiris despedaçado. Iris é a arquiteta que com seus arcos busca juntar o disjunto. Luiz- Olyntho Telles da Silva, Leituras |
Motivados pela comemoração do sesquicentenário do nascimento de Freud e pela publicação da Revista Texturas en psicoanálisis3, de Buenos Aires, que reuniu na sua quinta edição, artigos sobre o tema d’AS ESCRITURAS, propomos como tema para esta mesa “A escrita e as escrituras”. Pensamos, dessa forma, homenagear o fundador da psicanálise, que tanto valor encontrou na literatura como plena de ensinamentos sobre o funcionamento psíquico e que nos legou uma vasta obra onde o valor à linguagem esta posto como báscula para as formações do inconsciente.
É certo que esse tema não concerne apenas aos psicanalistas. Para alguns, este assunto cabe só a lingüistas e literatos. Já para outros, a escrita só importa no seu viés de produção dita científica, ou seja, para saber escrever artigos e trabalhos teóricos. Na clínica psicanalítica, nossa preocupação dirige-se ao saber escutar. E quando escutamos, não é um texto que precisamos saber ler? Texto esse que diz de uma determinada escritura, na maior parte das vezes não fixada no papel. Fazemos parte de um universo de psicanalistas que considera o ato da escrita e suas diferentes escrituras como produtos da linguagem, onde, através de seus efeitos, roçamos a um real ao qual jamais temos acesso direto: o inconsciente.
Antes de iniciar comentando alguns dos artigos da Revista, quero destacar a frase que serve de epígrafe ao convite desta atividade e que está no cerne das questões tramadas pelos artigos da Revista Texturas en psicoanálisis: as palavras o vento leva, o escrito fica. Sempre pensei nela como indicando uma valorização maior do escrito em relação à palavra falada, apontando para esta ‘permanência’ do escrito, uma vez que este é palavra fixada no papel. E justamente no momento em que nos propomos a falar sobre as escrituras, esta frase tomou outro sentido em mim. Pondo o acento não no objeto – fala ou escrito – mas na ação que aí se apresenta.
O vento, considerando-o como o ar em movimento, é essencial para o ato da fala. Não há fala sem ar. No texto de Lacan “Abertura da Seção clínica”, ele inicia dizendo o seguinte: “O que é a clínica psicanalítica? Não é complicado, a cínica tem uma base: é o que se diz em uma psicanálise.(...) mas não de qualquer lugar: desde o que esta noite chamarei o divã (direvent) analítico. Este vento (vent) tem mesmo seu valor: quando se peneira (vanne) há coisas que voam. Também é possível jactar-se (se vanter) da liberdade da associação, assim chamada, livre”. Lacan faz um jogo paranomásico partindo da palavra divã: direvent (dizer-vento), que soa como deformação de divã, depois toma vent (vento), vanner (peneirar) e se vanter (jactar-se4). Luiz-Olyntho, no comentário a este texto em seu livro Leituras5, aponta a relação do vento com o peneirar (vanner). Diz assim: “O deslocamento do ar possibilita que o mais leve s’envole e paire no ar.(...)peneirar também tem esse sentido de pairar, no vôo, batendo asas. E o que paira no ar é o significante soprado pelo flato da vox (...).”
Também sabemos que o vento é um importante agente polinizador e nada melhor que levar estas sementes que são as palavras para fertilizar muitos ouvidos e vidas.
De que forma, então, esse tema nos interessa?
Esta questão da escritura é crucial para os psicanalistas, cujo trabalho se sustenta da possibilidade de escutar e ler num texto qual o traçado que a letra inscreveu. Como boa parte do que aprendemos em psicanálise se constrói desde a relação com outros campos, é fundamental ouvir os poetas e artistas que - como já nos indicara Freud - estão sempre na frente. Os artigos que compõem a revista tecem, entre eles, uma rede, sendo a literatura e a música fios que ajudam compor a trama sobre a questão das escrituras.
“Jogar, desenhar, escrever – e, eu acrescento, musicar – são meios nos quais a linguagem faz sua obra”. Partindo disso que nos diz a psicanalista Liliana Donzis em seu texto Reflexões sobre la escritura6, e considerando que uma análise visa peneirar os significantes que colocam o sujeito em relação com seu desejo, é fundamental que saibamos valorizar e reconhecer os possíveis destinos da letra, esta materialidade do traço em sua abstração do corpo. Estes destinos, nós os encontramos numa variedade de formas, muitas delas parecendo mais desatinos, quando pouco compreensíveis, se tomadas pelo lado do sentido convencionado pelo sistema da linguagem - como no caso do texto joyceano Finnegans Wake - mas plenas de valor, quando nos indicam que ali uma escritura se produziu.
No artigo El hueso de la letra – San Juan de la cruz, o psicanalista Osvaldo Delfabro nos diz que o papel é só um dos possíveis destinos da letra - ao que denomina de significante fora do discurso. Outros destinos para o escrito são a transmissão oral, o esquecimento, assim como a interpretação analítica. Segundo Delfabro é o que nos chega do ato de escrever que deve nos ocupar, “não é a crítica literária o que está em nosso horizonte, senão a inquietude de aprender da escritura o que ela nos pode ensinar sobre o inconsciente”. Ressalta ainda que escritura é sinônimo de cifrado e que “na escritura poética isto se mostra de forma mais pura”. No ato mesmo de escrever, simultaneamente revelamos e ocultamos este indizível do sujeito. A letra contém o que o traço barrou: o gozo de um saber que não se pode escrever. A análise, assim como a escrita poética – com diferentes propósitos é claro – se dirigem a este impossível de se escrever que estamos sempre buscando. Seja pela via da alusão como diz Borges7, seja pela desconstrução dos sentidos já estabelecidos na língua, como fez Joyce, seja pela interpretação analítica, o que se busca é a possibilidade de gerar um novo sentido, produzir uma nova construção.
Sigo um pouco mais sobre essa questão da letra. Leclaire8 nos diz em seu livro Psicanalisar da função recalcante da letra, “este traço que se desenha como uma barra que fixa e anula o gozo”. Para ele, “toda letra implica outra, isto é, todas as outras”. Daí que “o conjunto das letras pode então ser descrito como corpo (ou livro) em que se inscrevem e são inscritos os traços que limitam o gozo.” É nesse sentido que, na situação analítica, o que pode estar desprovido de significado desde o registro do sentido lingüístico, pode conter imperativos libidinosos plenos de significação. “Se partimos do princípio de que algo que não tem sentido não pode ser essencial no desenvolvimento de um discurso, perdemos o fio”, nos diz Lacan.
E foi pensando neste traço, como elemento mínimo de uma escritura, que pude acompanhar o artigo do músico Julio Palácio, La música que se escribe, lo que se escribe sobre la música. Neste artigo aparece com clareza que “a música, que com tanta freqüência se vale das palavras para ser cantada, requer ser fixada por uma escritura onde o menos importante seriam as palavras”. Mostra que sua escritura pode servir inclusive para escrever-se o inaudível, o que não deve ser ouvido. Para escutar uma música não é necessário saber ler ou escrever música. Ele nos diz que “a matéria sonora só pode ser descrita por analogia, como um deslocamento cuja função seria ocultar um algo que se sente e que não se pode pensar”. Temos novamente aí a questão do cifrado, expressar algo, desde a linguagem, que nunca alcança escreve-se.
Os dois primeiros artigos da Revista tomam a Borges como ancora para explorar a questão da diferença produzida através dos tempos entre a palavra oral e a palavra escrita. No artigo Borges, la arte acontece, o psicanalista Juan Carlos Mosca busca acentuar que o valor do texto – oral ou escrito – está na verdade que ele pode produzir, verdade essa que não se trata de encontrar no enunciado ou no conteúdo do que está dito ou escrito, uma vez que a verdade ex-cede à palavra. “A verdade não se escreve; não se fixa no escrito”, diz ele. Cita a Santo Agostinho, para quem a verdade tem exterioridade a respeito da palavra. E entende que a linguagem poética busca a aproximação ao real da verdade navegando pelo ficcional, “tratando de atravessar o limite que as palavras nos impõem, estendendo uma ponte sobre a relação que não existe”. J. C. Mosca lembra Lacan comentando em seu Seminário 24 que desde “a escritura poética se pode ter a dimensão do que poderia ser a interpretação analítica”. O importante não está no sentido do que é dito, mas no modo, na música com que algo é dito. Parodiando a Borges que diz que “a arte acontece cada vez que lemos um poema”, Mosca ressalta que a arte da interpretação analítica está justamente no dito que não revela nenhum sentido, mas que deixa intuir a verdade que as palavras não conseguem dizer. Se pudermos alcançar esta dimensão de não-sentido, da falta que o próprio escrito/dito porta, então, conclui ele, aí a “arte talvez aconteça.”
O primeiro artigo da Revista é de Ignácio Guirao, psicanalista e Doutor em letras pela Universidade Católica de Milão. O título é Dialogando com J.L.Borges acerca de la escritura e explora essa passagem do predomínio oral da palavra ao predomínio do escrito. Ele acompanha o artigo de Borges, Del culto de los livros9, que discorre sobre o valor da transmissão oral dos textos desde os antigos gregos, até o momento em que a pluma sobrepõe à voz. Fala de um tempo onde se acreditava que pela palavra oral se podia modificar e inclusive curar a alma dos indivíduos. Neste tempo, as escrituras estavam estritamente vinculadas aos ritos religiosos e aos cantos poéticos e a expressividade oral tinha um propósito terapêutico. A epodé (épos = palavra + ode = canto), como era chamada a cura pela palavra, reduzia-se a ensalmos e conjuros; fórmulas verbais cantadas que serviam para evocar a proteção ou cura dos deuses.
Daí, seguindo a Borges, passou-se a valorizar a ação do discurso, onde pela força reordenadora e esclarecedora da palavra se removem as paixões (pathós) e as crenças do ouvinte. Guirao lembra dos três discursos que Aristóteles enumerou em seu “Tratado da Retórica”: o dialético, o trágico e o persuasivo, sendo que neste último as condições do bem dizer estão na singular relação que se deve criar entre o falante e o ouvinte. Aponta ainda que este recurso da palavra oral no contexto curativo ficou relegado na prática e crenças populares até os dias de hoje. Sabemos que no terreno da religião elas também seguem vigorando.
Guirao nos lembra que a etimologia de livro. Deriva de liber,bri, do latim que procede de um outro termo mais antigo: leber, a córtex da árvore que se utilizava para escrever mediante o punção. Desta ação de raspar provém scribere, A partir do século IV a.C., os escribas passam a registrar os textos, sagrados e poéticos, no papiro, não mais raspando a superfície, mas usando-se tinta e uma, por assim dizer, “pena” de junco. Este processo certamente permitiu uma durabilidade maior dos textos e, com isso, suponho que o universo de leitores começou a ser ampliado.
Chegamos então, pela mão de Borges, até o século IV d.C., onde através de Santo Agostinho temos o registro desse momento em que uma nova relação com o texto escrito se estabelece. Em suas Confissões, Santo Agostinho comenta sua experiência com Santo Ambrósio, seu mestre, que lia passando direto do signo escrito à significação, sem necessidade do signo sonoro. O que implicou esta passagem? Marca-se aí o fim de uma era e surge o “conceito do livro como fim, não mais como instrumento de um fim.”
Com isso, vimos surgir um novo estatuto do escrito: mais que a palavra-ação está à busca pela palavra-objeto. Isto se acentuou incrivelmente nos últimos tempos. O apelo dos escritos que prometem respostas a todos os tipo de inquietações do homem, quando não a cura de seus males proliferam. Já os escritos, sejam literários, sejam circunscritos a um determinado campo de saber, que exigem outras leituras para serem compreendidos ou os que estimulam o raciocínio por não dizerem diretamente o que se esperava encontrar, parecem suscitar interesse a um número cada vez menor de leitores. Será que na era do fast-food as palavras tornaram-se mais um objeto de consumo? Hoje, encontramos um universo do escrito que também pode ser conseguido prêt-à-porter ou pela via da aprendizagem de técnicas de escrita. O universo das mensagens prontas e impessoais, que retiram até mesmo o pequeno esforço de ter de se pensar o que escrever particularmente a outro em determinada ocasião é prova de que esse tipo de abundância só incrementa a alienação. Criou-se um universo que crê na ‘Cura pela leitura’, e, desde logo, sua contrapartida, o escrito. Será que neste caso, estamos no campo da linguagem? “A função da linguagem não é informar e sim evocar”, nos diz Lacan.10
Voltando a Santo Ambrósio, seu método reflexivo estava pautado pela intuição, segundo assinala Guirao. Este método investigativo - privilegiado por muitos místicos e filósofos - diz, grosso modo, de uma busca pelo “conhecimento imediato de um objeto na plenitude da sua realidade, seja este objeto de ordem material, ou espiritual”.11 Prescinde da experiência e da razão. Sua raiz etimológica vem do latim tardio: intuition(e), e refere-se a uma 'imagem refletida no espelho’.
Ao final de seu artigo, Guirao nos coloca diante da questão da criação poética e vale-se para isso desse universo intuitivo. Calcado na premissa kantiana de que “todas as coisas que intuímos no espaço e tempo não são mais que fenômenos, vale dizer, puras representações” ele nos diz que os objetos são construções, ou desconstruções, que se determinam no sujeito, e não o contrário. Nos mostra, dessa forma, que no campo da poesia pode-se estar livre das prerrogativas cartesianas que regem a vida no campo da ciência.
E na psicanálise, o que nos conduz?
O discurso da psicanálise não responde ao modelo da ciência, cujo estatuto é o discurso universitário, que se articula desde o discurso do Amo, o que fala desde o lugar do que sabe o que diz. Na psicanálise, sabemos que dizemos sempre mais e outra coisa do que pensávamos ter dito. Daí esta frase de Lacan evidenciando o lugar de desconhecimento desde o qual nós falamos: “eu não sei o que digo”. Falamos sempre desde uma suposição de saber. Quando designamos algo, quando falamos de algo, podemos prescindir do objeto. Toda designação é metafórica. Se digo: “este é meu brinco”, a palavra brinco, não é nenhum objeto, já que eu poderia usá-la para dizer “esta sala está um brinco” e vocês compreenderiam o que estou dizendo. Portanto, o objeto que eu designo como brinco, não está na palavra, está na minha orelha. Posso mesmo brincar com a palavra brinco e usá-la para designar qualquer outro objeto: “E a noite reluzia como se houvessem brincos espalhados pelo céu”. E isso pela própria condição da linguagem. Quando entramos na linguagem, sempre haverá precariedade para significar algo. E isso é tanto a sua deficiência como a sua qualidade. Se esperamos da palavra uma precisão inequívoca, corremos o risco de receber dela o mais pobre e talvez o mais inoperante que ela pode nos oferecer. Ao se buscar a exatidão, perde-se a verdade.
Borges diz assim: “Só podemos definir algo quando não sabemos nada dele”. Já Santo Agostinho dizia: “Que é o tempo? Se não me perguntam o que é, sei. Se me perguntam o que é, não sei”. Isso tem seu ponto culminante na escrita com a novela de Joyce, Finnegans Wake. Ali as palavra perdem seu habitual sentido de nos fazer pensar que sabemos o que estamos lendo, ou falando. É um texto que para buscar seus nexos precisamos também escutá-lo. Com este texto, Joyce devolve à palavra escrita seu valor vocativo, significante, eu diria.
No Seminário De um discurso que não seria do semblante12, Lacan indaga qual a função da escritura. Vale-se para tal propósito da escrita chinesa. Nos diz que esta escrita é plenamente ambígua. Nos lembra que a escrita é segunda, ou seja, dentre as funções da linguagem vem posteriormente à fala, mas que sem o escrito não é de nenhuma maneira possível voltar a questionar os efeitos da linguagem como tal. E, portanto, só podemos interrogar a dit-mansion da verdade (a verdade em sua morada) através do escrito. Será que o que Lacan nos diz é que para dizer de uma determinada lógica da escritura ou de um discurso precisamos passar pela escrita? Afinal, só há questão lógica a partir do escrito. O escrito busca esta união entre o saber e a verdade. O escrito é sempre uma tentativa, uma tentativa de estabelecer uma relação. Não foi isto o que fizeram os lingüistas? Por isso, nos dirá Lacan, o escrito, por interrogar a linguagem, não é linguagem. E nos diz: “É nisso que o escrito se diferencia da palavra (fala) e é preciso devolver-lhe a palavra (fala) e demarcá-la seriamente (...).Pode-se escrever muitas coisas sem que isso chegue a nenhuma orelha, e, entretanto, está escrito”.
Há momentos na vida que o escrito, do lado da escrita poética, pode cumprir uma função ordenadora e liberadora para o sujeito. De outro lado, escutamos discursos onde as palavra se apresentam essencialmente no seu viés informativo. Essas palavras estão ali aprisionando o sujeito, impossibilitando-o de comparecer no discurso. Diria então que a função da escuta analítica é devolver à palavra sua condição de evocar a ação do sujeito.
“É sempre de maneira indireta que a linguagem alcançará sua força”, nos diz Lacan. E termino citando-o: “falem, apostem, basta com que vocês sejam ricos em palavras, eis aqui a caixa de onde saem todos os dons da linguagem, uma caixa de Pandora!”.
Notas:
1. Trabalho apresentado na mesa “A escrita e as escrituras”, comemorativa ao sesquicentenário de nascimento de S. Freud, em 06 de maio de 2006, promovido por Biblioteca Sigmund Freud – Porto Alegre.
2. Membro fundador da Biblioteca Sigmund Freud – Porto Alegre
3. Ed. Paremai, Buenos Aires, Ano 5, nº 1 – nov. 2005.
4. Luiz-Olyntho Telles da Silva, em seu livro Leituras propõe a palavra engrandecer-se para a tradução do se vanter. Deste modo, faria uma alusão ao inchaço, contido também no nome de Édipo.
5. Telles da Silva, Luiz-Olyntho. Leituras. AGE, Porto Alegre, RS, 2004.
6. Donzis, L. Jugar, dibujar, escribir. Psicoanálisis con niños. Homo Sapiens Ediciones, Rosario, Argentina, 1998.
7. “Quando eu era jovem acreditava na expressão.(...) Eu queria expressar tudo. Pensava, por exemplo, que se necessitava um entardecer, podia encontrar a palavra exata para um entardecer; ou melhor, a metáfora mais surpreendente. Agora, cheguei a conclusão de que já não creio na expressão. Só creio na alusão. Depois de tudo, o que são as palavras? As palavras são símbolos para lembranças compartilhadas. Se eu uso uma palavra vocês devem ter alguma experiência do que representa essa palavra. Se não, a palavra não significa nada para vocês. Penso que só podemos aludir, só podemos tentar que o leitor imagine.” - conferência intitulada “Crença de Poeta”, em Harvard
8. Leclair, S. Psicanalisar. Editora Perspectivas. Rio de Janeiro,
9. Borges, J.L. Obras Completas de J. L. Borges, livro 2. Emecé, Buenos Aires.
10. Lacan, J. Função e campo da palavra e da linguagem.
11. Definições retiradas do Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa.
12. Lacan, J. Seminário 18, De um discurso que não seria do semblante, aula de 17 de fevereiro de 1971 –inédito.