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NECROLÓGIO DE ALBA MEDINA
*Montevidéu, 26 de maio de 1942  
+Montevidéu, 22 de agosto de 2015

Alba Medina foi, antes de tudo, para nós, da Biblioteca Sigmund Freud, onde participou na categoria de Membro Participante, uma colega querida.

Tendo estudado sempre em Montevidéu, iniciou a Faculdade de Direito, nos anos 60, mas, inquieta, logo transferiu-se para a Faculdade de Humanidades, inscrevendo-se nas Licenciaturas de História, Letras Inglesas e Psicologia, dando continuidade e formando-se em História.Especializou-se depois em História Uruguaia, com o Prof. Pirotto, e em História da Arte, com o Prof. García Esteban.

Em 1968 afiliou-se na União da Juventude Comunista, instituição da qual nunca se desligou.

Em 1971 tem seu primeiro filho.

Em 1976 foi expulsa da Faculdade por atividades políticas.

Em 1977 foi presa política por um ano e meio.

No início dos anos 80, já em liberdade, ingressou no Instituto de Filosofia, Ciências e Letras para obter a Licenciatura em Psicologia, abandonando o curso, em 1984, quando este se converteu em Universidade Católica.

Em 1985, restaurada a Democracia, inicia a Escola Universitária de Psicologia, na qual se forma em 1991.

Entre os anos de 1985 e 1990, é Ajudante Honorária do Centro de Estudos Latino-americanos da Faculdade de Humanidades e Ciências, onde se ocupa de uma investigação sobre a história econômica do Brasil.

Em1995 ingressa na Escola Freudiana de Montevidéu. Em 2014 abandona a EFM e passa a integrar o chamado “Grupo de los Lunes”, convertido, hoje, na Rede Lacaniana de Psicanálise, junto a Ricardo Landeira, Beatriz Duró, Denisse Rouillet, Fernando González, todos ex-membros da Escola Freudiano de Montevidéu.

As disciplinas nas quais se interessou transparecem em seus trabalhos psicanalíticos. Aí, de modo trançado, seus conhecimentos de história, arte e marxismo se integraram à Psicanálise, constituindo-se como parte de sua formação e base de sua prática e seu trabalho em extensão.

Sua paixão pelo trabalho, pela verdade e pela coerência, ao par de seu amor pela família e os amigos, e sua solicitude para com os colegas, ficam aqui registradas como sua marca indelével.

(Agradeço a Eduardo Lopez, seu marido, e à Beatriz Duró, sua colega e amiga de muitíssimos anos, pelos dados que me permitiram escrever esta Nota Necrológica).

Luiz-Olyntho Telles da Silva
Porto Alegre, 26 de outubro de 2015.